quarta-feira, 22 de setembro de 2010

Escobar Nogueira, poeta



I

Pejuçara, vagem de sílabas,
palavra que começa verde
e amadurece na boca.

Pejuçara, compota de notas,
palavra que começa engolida
e acaba arrotada.

II

Não é no mapa
que te achas situada,
é no poema, Pejuçara,
que o poeta te alfineta
como uma borboleta
de asas não catalogadas.

Não é na placa
que está tua estrada,
é no poema, Pejuçara,
que planto a palmeira
e saberão teu caminho
pelas folhas da bandeira.

III

Pejuçara, ilha
fictícia como Cuba,
real como Ítaca.

Pejuçara, não é onde fica
Pejuçara, fica onde é.




Acharam o silêncio.

- Dedé! Dedéco!?
Onde é que tu tá, guri?

Eu nem um pio.

Revisaram a casa,
revistaram o pátio,
nada de mim.

- Dedé! Dedéco!?
Onde é que tu tá, piá?

Aqui dentro.



Quando Caim matou Abel,
Deus sentenciou:
Andarás errante
e perdido pelo mundo.
Amaldiçoado, partiu, Caim,
para as terras de Nod.
Teve mulher, construiu uma cidade
e lhe deu o nome do filho, Henoc.
A civilização começou assim.
Eu não quero estar aqui pra ver como vai ser o fim.



Os poemas são dos livros Curta-metragem (Ibis Libris, 2006) e Pejuçara (7 Letras, 2009).
A direção de fotografia e iluminação é de Patricio Orozco-Contreras.

De volta para casa

segunda-feira, 20 de setembro de 2010

João Ubaldo Ribeiro






no auditório da Universidade de Santa Cruz do Sul, em 31 de agosto de 2010, o escritor, sempre muito simpático, foi entrevistado por Ruy Carlos Ostermann por conta da Semana Acadêmica do Curso de Letras.

sexta-feira, 10 de setembro de 2010

quarta-feira, 8 de setembro de 2010

Cláudio B. Carlos (CC), escritor




ao fim de um agradável café no Quiosque da Praça em Santa Cruz do Sul.

domingo, 5 de setembro de 2010

quarta-feira, 1 de setembro de 2010